Recomendações importantes para Hidroginástica na Terceira Idade

o que é hidroginástica
Um dos tipos de atividade de grande difusão na atualidade é a hidroginástica. A explicação para o auge desta modalidade são as grandes vantagens que apresenta em relação aos exercícios realizados na terra. Estas vantagens são :

 

  • diminuição das forças gravitacionais
  • diminuição do stress mecânico sistema músculo esquelético
  • facilidade para termorregulação
  • possui efeito natriurético e diurético

Os efeitos fisiológicos da hidroginástica combinam aqueles produzidos pela água quente com os dos exercícios, porém a extensão desses efeitos varia com a temperatura  da água, a duração do tratamento e o tipo e intensidade do exercício. Esses efeitos são semelhantes aos exercícios em terra. O suprimento sanguíneo aos músculos em funcionamento é aumentado, calor é dissipado com cada alteração química ocorrendo durante a contração, e a temperatura muscular se eleva. Há o metabolismo aumentado nos músculos, resultando em maior demanda de oxigênio e produção aumentada de dióxido de carbono. Estas alterações aumentam as alterações semelhantes suscitadas pelo calor de água, e ambas contribuem para os efeitos finais.

Os efeitos terapêuticos do exercício na água são: alívio da dor e do espasmo muscular; relaxamento; manutenção ou aumento da amplitude de movimento das articulações ; redução de músculos paralisados; fortalecimento dos músculos e desenvolvimento de sua força de resistência; melhora das atividades funcionais da marcha; aumento da circulação; e o aspecto psicológico, onde o aluno se sente motivado pela atividade.

Além disso diminui a F.C., a pressão arterial, atividade da renina plasmática, ajuda na reabilitação de lesões, auxilia no tratamento de doenças renais, cirrose, osteoporose, artrose, artrites e incrementa o retorno venoso.

Dados estes efeitos benéficos no organismo, ela está indicada principalmente nas seguintes situações:

  • pacientes com limitação da mobilidade: artrose, artrite;
  • dificuldades para sustentação no peso: obesidade;
  • Reabilitação de lesões músculo-esqueléticas;
  • pacientes com doenças renais ou cirrose;
  • dor crônica principalmente por problemas da coluna;

 

  • FREQUÊNCIA SEMANAL

 

O padrão inicial da prescrição é recomendar que as sessões sejam realizadas, pelo menos, três vezes por semana nas 10 primeiras semanas. A seguir, as sessões podem ser feitas de 4 a 7 vezes por semana para as modalidades aeróbias. A frequência semanal ideal oscila entre 3 a 5 dias/semana, com uma sessão /dia. Para atividades com sustentação de peso são mais recomendáveis sessões em dias alternados, a fim de reduzir o risco de lesões musculoesqueléticas.

Nos idosos frágeis e com capacidade reduzida de realizar exercícios ( < 3 mets ) pode-se recomendar múltiplas sessões diárias de curta duração e baixa intensidade.

Exercícios mais de 5 vezes por semana aumentam a incidência de lesões musculoesqueléticas. O esquema de dias alternados é o mais frequentemente recomendado, no início de um programa de condicionamento físico.

A Personal Trainer Fernanda Andrade enfatiza que, para idosos, a frequência semanal das sessões de exercícios deve ser alta. Segundo ele, esse aumento na frequência tem relevância fisiológica para a manutenção da capacidade, assim como da flexibilidade. Além disso leva a uma maior probabilidade de o indivíduo assimilar a atividade física na vida diária.

  • DURAÇÃO

Em virtude das limitações na capacidade funcional do idoso, tanto a intensidade e a duração podem extremamente reduzidos. Os idosos mais velhos são beneficiados por sessões curtas de exercícios, talvez de 5 a 10 minutos, com níveis de intensidade mais baixos em bases mais frequentes.

No idoso saudável com boa capacidade funcional pode-se iniciar o condicionamento aeróbio com 20 minutos, três vezes por semana e aumentar 10 minutos na duração a cada duas semanas, conforme o programa de caminhada abaixo:

 

Semana 2:                           20 minutos, 3 vezes por semana

Semana 4:                           30 minutos, 3 vezes por semana

Semana 6:                           40 minutos, 3 vezes por semana

Semana 8:                          50 minutos, 3 vezes por semana

Semana 10:                         60 minutos, 3 vezes por semana

Semana 12:                         60 minutos, 4 vezes por semana

Semana 14:                         60 minutos, 5 vezes por semana

Semana 16:                         60 minutos, 6 vezes por semana

Semana 18:                         60 minutos, 7 vezes por semana

 

No caso do idoso desejar manter uma duração entre 30 e 40 minutos, pode-se admitir, uma vez que não é necessário atingir 609 minutos de duração ideal.

 

 

  • INTENSIDADE

 

 

A intensidade reflete o vigor com que uma atividade é realizada. Ela pode ser estimada através da frequência cardíaca, do grau de esforço percebido ou na realização da atividade em um determinado nível conhecido de intensidade, em METs. Devido, às limitações clínicas e fisiológicas gerais, frequentemente vistas nos indivíduos idosos, a intensidade da atividade é de importância crítica. Em geral, os idosos com menos de 75 anos alcançam capacidades de trabalho máximos de 7 METs ou mais, enquanto os indivíduos muito idosos ( > 75 anos ) geralmente não execedem níveis máximos de 4 METs.

Quando uma capacidade de trabalho individual é verificada, o uso dos níveis MET no cálculo da intensidade é útil. O uso da escala de Borg de esforço percebido tem se mostrado útil na regulação da intensidade na prática de exercícios para idosos. Habitualmente, um nível de 12 a 15 numa escala de 6 a 20, é adequado para muitas atividades de condicionamento.

Pode-se também determinar a intensidade do exercício através das frequências cardíacas ou sintomas registrados no teste ergométrico ou através da monitorização da FC durante as sessões de exercício. As FC-alvo devem ser calculadas pela equação de karvonem:

 

% ( FCM-FCR ) + FCR

% – percentual da variação alvo desejada ( 60% a 90% )