Treinamento de Força na Terceira Idade

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Além do significado que o treinamento de força tem para se alcançar o melhor desempenho pessoal no esporte competitivo, também para a pessoa no esporte que pratica esportes por motivos de saúde,  um treinamento de força regular, com ou sem cargas adicionais é extremamente importante para indivíduos da terceira idade.

Pelo fato de 70% dos acidentes com idosos são devidos a uma capacidade diminuída para andar, correr e saltar, ligada à uma capacidade de coordenação piorada, então fica evidente que vale a pena  a execução de um minuto de treinamento do aparelho locomotor ativo – junto com um treinamento de mobilidade suficiente. Além disso um fortalecimento dos principais grupos musculares ( especialmente a musculatura abdominal e dorsal ), conseguido durante a vida toda , evita o aparecimento precose de problemas posturais, com as respectivas consequências.

Através de um treinamento de força, adequado à idade, adequado à idade, que acompanhe toda a vida, os processos degenerativos da coluna vertebral, como por exemplo as degenerações dos discos vertebrais lombares, podem ser positivamente influenciados. As pessoas que treinam com regularidade mostram uma menor morbidez em relação às síndromes das dores lombares do que as pessoas não treinadas.

Um treinamento de força objetiva também compensar funcionalmente, alterações artróticas , com fundo terapêutico ao trabalho ( Bringmann 1984 ).

Segundo Hollmann/Hettinger , um treinamento de força dinâmica adia a degeneração artrótica nas grandes articulações. Finalmente, um treinamento de força geral dosado reduz ou adia a osteoporose  que surge com o aumento da idade. Essa medida profilática expressa-se numa maior estabilidade óssea e, com isso, num menor risco de acidentes do dia a dia.

Na reabilitação, o treinamento de força apropriado, depois da fase de imobilização ou repouso, providencia uma recuperação rápida das condições de força originais.

Finalmente, através do treinamento de força também se pode alcançar um aumento da atividade bioelétrica cerebral e da atividade das  células cerebrais para obter a capacidade psicofísica, o que é de extrema importância sob o ponto de vista da gerontologia ( Kiselkova/Dobrev 1986 ).

Deve-se chamar  a atenção para o fato de que o treinamento de força das pessoas que pratricam esportes por motivos de saúde, deve-se evitar ao máximo  a respiração de pressão, pois com este aumento da pressão intratorácica ( pressão no espaço interno do tórax ), o refluxo venoso é muito prejudicado.

Com relação a isto, deve-se referir à utilização em geral habitual das pistas preparadas como combinação de treinamento de resistência e de força simultâneo. A mistura de exercícios de corrida e de força representam um componenete de risco pouco observado, uma vez que com exercícios de força complementares combinados com corrida , podem em partes ser causadas hipertonias de trabalho ( Weineck 1982 ), que vem com uma acentuada respiração de pressão. São desfavoráveis principalmente, as cargas dirigidas estatisticamente, como exercícios abdominais, flexões de braço e elevações.

Por este motivo, um treinamento de força deveria ser feito antes de um treinamento de corrida, mas não em combinação imediata. Principalmente para pessoas mais idosas e com riscos coronários, esta ligação representa um risco incalculável, sendo, portanto, contra indicado.

A musculatura , como maior sistema  orgânico, está especialmente exposta à alterações ligadas à idade. Assim, ocorre no geral, uma diminuição da capacidade de estiramentos das estruturas responsáveis pela mobilidade. O treinamento regular não pode tirar totalmente a força destas regularidades determinadas fisiologicamente pela idade, mas pode influenciar decisivamente o grau desses processos. A elasticidade e a capacidade de estiramento da musculatura, assim como dos tendões e ligamentos, portanto da mobilidade toda, são um pouco aumentadas no sexo feminino.Assim, não só as meninas têm vantagens sobre os meninos em todas as fases de desenvolvimento, em relação a este ponto, mas também as mulheres, sobre os homens. Este fato tem  sua origem nas diferenças hormonais: a maior taxa de estrógeno leva, por um lado, a uma maior retenção de água, por outro, a uma parcela maior de tecido adiposo e menor de massa muscular.

A diminuição de força muscular e da massa muscular serve como uma das manifestações de envelhecimento mais conhecidas.

O seu desenvolvimento é diferente nos diversos grupos musculares. Aredução mais intença de força ocorre nos músculos que mantém o corpo ereto ( Ufland em Theimer 1973 ).A involução da massa muscular ocorre de forma mais lenta que a diminuição da força muscular. Existe uma estreita correlação entre a diminuição da massa muscular , com capacidade muscular remitente, e a diminuição dos hormônios sexuais ( Hetinger 1966 )